domingo, dezembro 26


Sou criança.E vou crescer assim. Gosto de abraçar apertado, sentir alegria inteira, inventar mundos, inventar amores. O simples me faz rir, o complicado me aborrece. O mundo pra mim é grande, não entendo como moro em um planeta que gira sem parar, nem como funciona um fax. Verdade seja dita: entender, eu entendo. Mas não faz diferença, os dias passam rápido demais, existe a tal gravidade, papéis entram e saem de máquinas, ninguém sabe ao certo quem descobriu a cor. (Têm coisas que não precisam ser explicadas. Pelo menos não para mim). Tenho um coração maior do que eu, nunca sei minha altura, tenho o tamanho de um sonho. E o sonho escreve a minha vida que às vezes eu risco, rabisco, embolo e jogo debaixo da cama (pra descansar a alma e dormir sossegada). Coragem eu tenho um monte. Mas medo eu tenho poucos. Tenho medo de Jornal Nacional, de lagartixa branca, de maionese vencida, tenho medo das pessoas, tenho medo de mim (...) Fernanda Mello.

quinta-feira, dezembro 2

Existem certas coisas na vida que definitivamente não podemos levar em conta.
São essas coisas que infelizmente, levamos sem perceber.

"Girando e girando na volta que se amplia
O falcão não pode ouvir o falcoeiro
As coisas se desmancham, o centro não pode reter
A anarquia solta se espalha sobre o mundo
A cerimonia da inocência naufragou"


" Que é que vê caindo ... para nascer "?

Bill Moyers para Joseph Campbell.